Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 4 de 4
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Psicol. clín ; 32(3): 495-514, set.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1149483

RESUMO

A autobiografia de Daniel Paul Schreber, intitulada Memórias de um doente dos nervos, publicada em 1903, dá a Freud subsídios para o aprofundamento de seus estudos sobre a paranoia, tendo como resultado a publicação, em 1911, do escrito Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia (dementia paranoides) relatado em autobiografia, obra crucial para a clínica psicanalítica das psicoses. A partir dessa produção, Lacan elabora conceitos fundamentais para uma clínica possível das psicoses. Por meio de uma leitura entremeada das memórias de Schreber e do comentário que Freud lhes dedica, e em diálogo com algumas proposições de Lacan acerca da clínica das psicoses, sugerimos que a obra de Schreber testemunha a potência da escrita como dispositivo na organização de um delírio psicótico. Nesse sentido, sustentamos a hipótese de que Schreber escritor (Schreiber, em alemão) é também Schreber precursor.


Daniel Paul Schreber's autobiography, Memoirs of My Nervous Illness, published in 1903, gives Freud further insights into his study of paranoia, resulting in the publication in 1911 of the Psychoanalytic notes on an autobiographical account of a case of paranoia (dementia paranoides), a crucial work for the psychoanalytical treatment of psychosis. Based on this production, Lacan elaborates fundamental concepts for a possible psychosis clinical work. By means of a reading of Schreber's memoirs entwined with Freud's commentary on them, and in dialogue with some of Lacan's propositions about the psychosis clinical practice, we suggest that Schreber's work testifies to the power of writing as a device in the organization of psychotic delusions. In this sense, we hold the hypothesis that Schreber, the writer (Schreiber, in German) is also Schreber, the precursor.


La autobiografía de Daniel Paul Schreber, titulada Memorias de un enfermo de nervios, publicada en 1903, da a Freud subsidios para la profundización de sus estudios sobre la paranoia, teniendo como resultado la publicación en 1911 del escrito Observaciones psicoanalíticas sobre un caso de paranoia (dementia paranoides) autobiográficamente descrito, obra crucial para la clínica psicoanalítica de las psicosis. A partir de esa producción, Lacan elabora conceptos fundamentales para una clínica posible de las psicosis. Por medio de una lectura intercalada de las memorias de Schreber y del comentario que Freud les dedica, y en diálogo con algunas proposiciones de Lacan acerca de la clínica de las psicosis, sugerimos que la obra de Schreber testimonia la potencia de la escrita como dispositivo en la organización de un delirio psicótico. En ese sentido, sostenemos la hipótesis de que Schreber escritor (Schreiber, en alemán) es también Schreber precursor.

2.
Agora (Rio J.) ; 23(2): 90-99, maio-ago. 2020. graf
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos, LILACS | ID: biblio-1130819

RESUMO

Resumo: O enlace entre psicanálise e poética é indagado em relação à clínica das psicoses. Inicialmente, o artigo discorre sobre o trabalho da poesia na escuta e leitura do sujeito do inconsciente, quer dizer, na instauração do Discurso da Psicanálise. A noção proposta por Lacan como lalangue subsidia tal articulação. A seguir, na busca do rastro do trabalho da poética (do inconsciente), discutem-se aspectos de três experiências célebres no campo das psicoses: Schreber, Marcelle e Wolfson. Por fim, a sonoridade poética (musicalidade) surge como possibilidade de intervenção na direção de um tratamento que não negligencie o sujeito do inconsciente nas psicoses.


Abstract: In this article, the link between psychoanalysis and poetics is questioned in relation to the treatment of psychoses. The work of poetry is investigated in the hearing and reading of the subject of the unconscious, that is, in the establishment of the Discourse of Psychoanalysis. The notion proposed by Lacan as lalangue subsidizes such articulation. Then, in the search for the traces of the work of poetry (of the unconscious), aspects of three famous experiences in the field of psychoses are discussed: Schreber, Marcelle and Wolfson. Finally, poetic sonority (musicality) emerges as a possibility of intervention in the direction of a treatment that does not neglect the subject of the unconscious in psychoses.


Assuntos
Psicanálise , Transtornos Psicóticos , Poesia
3.
Tempo psicanál ; 42(2): 257-267, jun. 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-613895

RESUMO

O presente artigo discute a temática da perversão na clínica psicanalítica, sublinhando sua dimensão lógica em detrimento do acento psicopatológico. Interessa-nos situar alguns elementos emergentes no encontro com a lógica perversa como aportes ao trabalho clínico e interrogantes ao dispositivo analítico. O encontro com a perversão convoca o analista, de forma mais direta, a tomar em consideração a questão do gozo, na medida em que o perverso, desde sua posição de instrumento de gozo do Outro, reitera que no psiquismo há um para além do desejo. Na posição perversa, não é o desejo que está em causa, mas sim um saber sobre o gozo. Nesse sentido, a possibilidade do analista de se fazer suporte do desejo do analisando se vê confrontada de modo que uma pergunta em relação à ética se impõe. Retomando as construções lacanianas em torno de Kant com Sade, trabalharemos estes pontos.


This article discusses the perversion in the analytical clinic, underlining its logical dimension to the detriment of a psychopathological view. We would like to situate some elements that emerge on the encounter with a logical of the perverse; how it adds on to the clinical work and questions the analytical dispositive. The encounter with the perversion convokes the analyst, in a more direct way, to considerate the question of the jouissance, because the perverse as stays positioned as an instrument of the Other’s jouissance, denotes the existence of something beyond the desire. In the perverse position, the desire is not a cause; in fact, there is a knowing about the jouissance. In this way, the possibility that the analyst keeps himself as a desire’s support of the patient confronts the ethics question. We will work these points and reviewing the Lacan’s construction related on Kant with Sade.


Assuntos
Humanos , Psicanálise , Ética
4.
Tempo psicanál ; 42(2): 257-267, jul.-dez. 2010.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-49966

RESUMO

O presente artigo discute a temática da perversão na clínica psicanalítica, sublinhando sua dimensão lógica em detrimento do acento psicopatológico. Interessa-nos situar alguns elementos emergentes no encontro com a lógica perversa como aportes ao trabalho clínico e interrogantes ao dispositivo analítico. O encontro com a perversão convoca o analista, de forma mais direta, a tomar em consideração a questão do gozo, na medida em que o perverso, desde sua posição de instrumento de gozo do Outro, reitera que no psiquismo há um para além do desejo. Na posição perversa, não é o desejo que está em causa, mas sim um saber sobre o gozo. Nesse sentido, a possibilidade do analista de se fazer suporte do desejo do analisando se vê confrontada de modo que uma pergunta em relação à ética se impõe. Retomando as construções lacanianas em torno de Kant com Sade, trabalharemos estes pontos.(AU)


This article discusses the perversion in the analytical clinic, underlining its logical dimension to the detriment of a psychopathological view. We would like to situate some elements that emerge on the encounter with a logical of the perverse; how it adds on to the clinical work and questions the analytical dispositive. The encounter with the perversion convokes the analyst, in a more direct way, to considerate the question of the jouissance, because the perverse as stays positioned as an instrument of the Other’s jouissance, denotes the existence of something beyond the desire. In the perverse position, the desire is not a cause; in fact, there is a knowing about the jouissance. In this way, the possibility that the analyst keeps himself as a desire’s support of the patient confronts the ethics question. We will work these points and reviewing the Lacan’s construction related on Kant with Sade.(AU)


Assuntos
Humanos , Psicanálise , Ética
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...